domingo, maio 30, 2004

Lagoa do Paraíso


Depois de cerca de uma hora de caminho por estradas de terra vermelha (contraste fabuloso com a imensa folhagem verde das árvores e arbustos daquela zona), como se a zona das dunas e da praia pertencesse a outro planeta, e com o buggy, sempre aos saltos, a roçar perigosamente quer os ramos, quer as cercas de propriedades privadas que por ali abundavam, chegámos à Lagoa do Paraíso por volta das 13:00.

O nome faz-lhe inteira justiça: é uma lagoa imensa, de água-doce, cercada a toda a volta por areia fina e branca, e rodeada alguns metros mais atrás por toda a espécie de árvores.
Esta mesma lagoa acaba por ter vários nomes, conforme o sítio de onde a observamos, tal é a sua grandeza.
Mas neste local em particular, uma praia privada de infrastruturas criadas por um francês, e agora pertença de (mais) um português, o nome Paraíso adequa-se perfeitamente - e ainda mais se adequou à nossa experiência nessa tarde.

Devíamos só ter parado ali para almoçar, mas acabámos por ficar lá até anoitecer (pouco depois da 17:00).
Depois de nadar, tirar fotografias e beber mais umas caipirinhas, sentámo-nos em grupos de seis à volta de mesas de nadeira à sombra de chapéus enormes de folha de coqueiro ou de palmeira, e deliciámo-nos o resto da tarde a comer lagostas e camarões, bolinhos de queijo e de peixe, acompanhados sempre por garrafas de cerveja servidas numa espécie de termo para manter a sua frescura. Foi simplesmente divinal - e marcou as conversas daí até ao fim da nossa viagem.

No caminho de volta, já de noite, aconteceram várias peripécias: um buggy perdeu-se e outro atolou-se numa das várias lagoinhas que interrompiam a estrada. No tempo que o nosso buggy ficou parado à espera dos retardatários, ficámos deitados no chão arenoso, aqui já coberto de alguma erva, a contemplar o céu estrelado por cima de nós. É das imagens mais vivas que ainda carrego na minha memória (e só aí porque foi excusado tentar apanhar tão belo cenário nas câmaras fotográficas - nunca resultou).

Muito cansados, chegámos a Jeri pouco depois das 20:00. Mais uma vez, alguns não resistiram ao jantar e foram logo para o hotel.

Mas um grupo decidiu que a última noite teria que ser inesquecível.

(continua dentro de momentos...)