quinta-feira, abril 15, 2004

Até Amanhã!


Sinto-te.

Sinto-te não porque estejas aqui, mas sim porque aqui não estás.
É que, na ausência do teu ser, sinto a tua falta.
Porque não estás aqui!

É nessa presença implícita,
Na ausência permanente a que me habituaste,
Que eu vivo sempre.

É nesta perpétua ausência
Presente em cada dia que passa por mim
Que martirizo a minha mente.

Sinto-te.
Sinto a tua ausência.
Assim como sinto a tua presença.

E o coração não hesita um momento.
O bater prossegue, intenso,
E segue em frente sem pedir licença.

Sinto-te.
Por isso não estou só.
Estou triste até amanhã!


PO 8-07-89