segunda-feira, setembro 27, 2004

Universos Paralelos IV

(...continuação)

Há imensas situações que poderíamos tentar – todas terão sempre pelo menos duas opções, mas geralmente essa escolha será ilimitada.

E daí a necessidade de existência de uma infinidade de universos paralelos – conseguem imaginar?

Voltando ao meu exemplo original (a situação real com a minha filha), eu poderia escolher brincar com ela para sempre, e ela estaria naquele quarto comigo.
Mas depois ela poderia escolher ficar com o seu primeiro namorado, noutro sítio, noutro tempo, com outra idade.


E eu, de certeza absoluta, escolheria também uma idade em que o meu segundo filho estaria comigo a jogar à bola na relva de um jardim, num fim de tarde primaveril.

E o meu primeiro amor? É claro! Se não o primeiro, o segundo – ou o terceiro. Não interessa – escolheria o melhor de todos (ou escolheria todos!).
Não fariam o mesmo?

O engraçado desta hipótese seria o facto de que, imaginando que existiriam uma série de pessoas que nunca escolheria para partilhar a minha eternidade, estas poderiam ainda assim escolher-me como parte dos seus mais belos momentos.
E eu teria que estar lá – era a sua escolha!

Portanto, desde que não me sentisse miserável (o que Deus certamente teria em conta, não permitindo essa situação), porque não?


(continua...)